segunda-feira, 22 de junho de 2015

Lá vem a noiva...

(texto publicado no Caderno Z do Jornal Zero Hora em 30/05/2015)



E é claro que no mês de maio não poderia falar de outra coisa, personagem que encanta e que habita os sonhos de muitas meninas (e mulheres feitas também). Começo esse primeiro editorial abordando um tema mágico e a peça mais importante na cerimônia: O VESTIDO! Antigamente (ou nem tão antigamente assim), a noiva não vinha toda de branco, aliás essa cor começou a ser usada há pouquíssimas décadas, ser chique na época pré selfie era casar de preto. Bem possivelmente nossas bisavós e tataravós se casaram assim, de negro mesmo. Mas o branco alvo e límpido de nossos dias é o ponto alto das atenções, não tem quem não pare na porta de uma igreja pra ver a noiva chegar, e vamos combinar que o branco é bem mais bonito (pelo menos nessa ocasião).

Mas lembro bem em minha fase pré-adolescente/adolescente que eram raríssimas as pessoas que se casavam, era brega fazer uma festa de casamento, casar estava fora de moda, e foi assim que surgiu a união estável, pela moda do casamento não convencional “de papel passado”, igreja, festa e fotos. Graças aos céus essa moda passou e não há nada mais lindo que um casamento por todo seu contexto: o noivado, a fase de provas de comida, de roupas, de escolha de decoração, fotógrafos, tudo isso um verdadeiro “circo”, delicioso e magnífico espetáculo! A padronização de algumas partes importantes do grande dia não existe mais, um casamento hoje é bem específico ao gosto dos noivos, exclusivo tanto no lugar, roupas, decoração e comidas particularmente pensadas e feitas com “a cara” do casal.

E não foi só isso que mudou, hoje contamos com a tecnologia a nosso favor, podemos escolher tudo, saber das novidades, das tendências, novas lembrancinhas, novos lugares, novas formas de fotos e filmagens, tudo pela internet. Os blogs relacionados ao assunto não param de pipocar, e espero que não parem mesmo, pois quanto mais informação melhor para que tudo no dia D saia perfeito! Alguns blogs bem legais pra pesquisar enquanto se está nesse processo de casório é o vestidadenoiva.com e o bloglavemanoiva.com. Eles orientam por onde começar para a organização do evento, dão dicas de lembrancinhas, vestidos, convites, decoração, tem de tudo. Outra tendência que chama bastante atenção é o site icasei.com.br. Nele dá pra cadastrar uma página exclusiva do seu casamento com fotos, convites on line, depoimentos dos padrinhos, lista de presentes, uma alternativa bem legal para convidados que moram longe e podem acompanhar tudo desde bem antes da cerimônia, na mesma linha segue o aplicativo lejour.com.br.
Mas os pequenos detalhes fazem toda diferença, num primeiro momento tendo como um dos personagens principais – a noiva – alguns itens devem ser bem pensados para que no futuro as lembranças (fotos e filmagens) não denunciem algum mau gosto desnecessário, então se não tiver muita certeza sobre algum item, por exemplo cor das unhas, do batom ou jóias, peça opinião, as madrinhas irão adorar auxiliar nas escolhas e isso faz com que a integração pré-festa torne o envolvimento muito mais interessante.

Uma empresa que aposta bastante em peças que podem ser usadas pelas noivas é a Sophie&Juliete, que tem três anos de mercado, sua designer Telma Garcia trabalhou por anos em grandes joalherias e tem sido há mais de um ano líder do segmento, já tendo suas peças como queridinhas das novelas e programas globais além das celebs mais it dos holofotes (veja em www.sophiejuliete.com.br/estilista/adrianap).
Pensando a fundo, o casamento é um “mercado” que gera renda há um monte de gente, a alegria e ‘início’ de vida dos outros, leva comida na mesa para um bocado de pessoas envolvidas nesse universo, e a lista é enorme: igreja, salão de festas, decoração, floricultura, iluminação, sonoplastia, fotógrafo, cinegrafista, costureira, maquiador, cabeleireiro, mestre de cerimônias, lojas de presentes, lojas de acessórios, manicuri, depilador, cozinheira, garçons, gráfica, doceira... aff, sem contar ainda o pós: agência de viagens, empresas aéreas, hotéis o que renderá certamente outro editorial, falando do mundo, de viagens e de como é maravilhoso conhecê-lo. E que venham muitos e muitos casamentos por aí!


sexta-feira, 19 de junho de 2015

O que fazer e não fazer durante a gravidez

Como já dito anteriormente, tenho três filhos gestados e nenhum adotivo (por enquanto), logo, passei por 27 meses, ou 2 anos e 3 meses de gestação. Nesse tempo todo, aprendi bastante sobre muitas coisas que só quem está grávida pode saber ou sentir na própria carne, literalmente. Existem muitos mitos que giram em torno desse período pois embora seja mágico, também é rodeado de muitos medos, muitas perguntas e demasiada ansiedade. Então, pensei ser útil fazer uma listinha de algumas coisas que é bom saber para quem está passando por esse momento, mas que a gente vai encontrar em pouquíssimos lugares pra ler (e quase ninguém vai contar).

1) Cerca de sete a dez dias após ficar grávida, o embrião irá se fixar na parede do útero e a maioria das mulheres tem pequenos sangramentos e cólica nesse período o que leva a crer ser menstruação em menor quantidade, mas na verdade já existe uma gravidez. Eu mesma só soube disso quando quis engravidar da terceira vez e fiquei atenta. Deu certo, soube que estava grávida da Catarina com 7 dias de gestação. Depois foi só confirmar, com teste de farmácia, exame de sangue e tudo mais que tinha direito.
 2) Também da terceira vez nós "escolhemos" uma menina. Sim, dá para escolher! Falei com minha médica e é verdade. A explicação cientifica é que os espermatozóides masculinos são mais rápidos e menos resistentes, já os femininos são mais demorados mas resistem muito mais até chegar ao óvulo. Então se você quer um menino, basta namorar no dia da ovulação. Se preferir menina, o namoro tem que ser uns dois dias antes da ovulação. Dá muito certo (experiência própria), mas precisa ter o ciclo bem controlado.
3) Grávidas produzem muitos gases. Sim, grávida solta pum o dia todo e o tempo todo. Pra melhorar isso, basta procurar não comer alimentos que aumentam essa produção, e se escapar... bom, aí tem a desculpa de estar grávida.
4) Desde o momento que a gente descobre estar gestante, a bexiga descobre junto! A vontade de ir ao banheiro triplica absurdamente e não é nada bom segurar. Então, tome menos água antes de dormir pra não ter que levantar a noite toda, mas capriche na hidratação durante o dia, pois estudos mostram que a ingestão de muita água durante a gestação auxilia inclusive na hora do parto.
5) Cuide os alimentos a serem ingeridos! Desde minha primeira gestação soube do estudo de pós doutorado de um especialista em cardiopatia neonatal, Dr. Paulo Zielinski de Porto Alegre. Em sua tese ele defende que alguns alimentos ricos em antioxidantes (que fazem bem ao coração de todos), fazem mal para o coração e pulmões em formação dos fetos. No site dele consta uma lista de alguns itens que não devem ser ingeridos por mulheres gestantes, como por exemplo, os derivados da uva.
6) Bebidas doces não produzem mais leite! Cuidado, pois as tias e avós adoram fazer umas bebidas com bastante açúcar pra grávida beber, pois "cria mais leite". Não cria não, vai é deixar você muitos quilos acima do peso, e depois pra recuperar, haja academia! O que auxilia sim na produção de leite materno é muita água!
7) Cuidado com escadas, tapetes e box de banheiro molhado. Conforme a barriga vai crescendo, vamos perdendo o equilíbrio devido à mudança do eixo central do corpo. Então qualquer passo largo em um piso escorregadio é acidente na certa. Durante minhas gestações caí de escada, resbalei no banheiro e escorreguei em tapete, tudo que tinha direito, por isso digo: todo cuidado é pouco.
8) Quem nunca passou pela gravidez não tem a menor idéia do que seja. Grávida tem sim desejo e chora mais que o normal, porque assim como o corpo, o cérebro também passa por uma infinidade de mudanças para que a pessoa se prepare para receber um serzinho que será dependente de tudo para viver, é química pura. Respeitem os dengos das grávidas!!!
9) Pra quem espera ter um parto normal, existe uma coisa chamada tampão (tipo de uma tampa arredondada e gelatinosa que pode ser também sanguinolenta) que fica no finalzinho do útero e só sai quando estamos para iniciar o trabalho de parto. Perdi o dito cujo na primeira e terceira gestação e só fiquei sabendo da existência disso aos nove meses do primeiro filho. Algo que também ninguém conta!
10) Escolher o nome do filho é a decisão mais difícil da vida. Mesmo que você tenha vários nomes escolhidos desde a infância, nesse momento nenhum deles vai servir e você vai ficar angustiada por ter que tomar uma decisão. Mas isso passa, e o nome dele vai ser o mais lindo do mundo (pelo menos para a mamãe).

Cada gestação é única! Cada filho é único! Mesmo que a gente passe nove meses de ansiedade, cada minuto, dor, choro, riso valem a pena. É um amor que não cabe dentro do peito. É um amor que dói, mas não há sentimento maior e melhor no mudo! Mas prepare-se, agora você vai passar a vida se sentindo culpada, por que ser mãe é ter culpa: ou por fazer de mais, ou por fazer de menos... e boa sorte nessa aventura chamada MATERNIDADE!!!

quinta-feira, 18 de junho de 2015

Sobre a veracidade e a inverdade jornalística (por Giana Matte)

E além da vivência de uma vida, hoje começa aqui uma parceria mais "profunda", divulgando também a visão dela. Deliciem-se:

Pra começar falando, sendo bem curta e grossa, as pessoas acreditam naquilo que elas querem acreditar e ponto. Vamos ser práticos meus caros. Não vai ser hoje nem amanhã que seremos justos o suficiente e quem aqui não tem teto de vidro? Sejamos levianos. Embora não precisamos aceitar todas as situações, mas se assim conseguir respeita-las. Assim como o padeiro ganha com o pão, o jornalista ganha com a informação, e graças à ela, você fica mais informado, as vezes inconformado e no mínimo te faz pensar. Grandes verdades já foram escritas, grandes mentiras também mas quem aqui nunca brincou de telefone sem fio? Sabe muito bem que a informação muitas vezes não chega 
aos ouvidos no destino final como ela realmente é. Eu, particularmente, sendo a informação lida verdadeira ou não, desconfio, me questiono e procuro sempre saber mais sobre determinado assunto e é isso que o jornalista quer  e é isso que tem de ser feito. Em um mundo ainda de preconceitos, não é fácil ser você mesmo, quem dirá, expor as suas idéias e escrever sobre elas. Meu pedido de hoje, que vocês leiam, questionem, leiam, acreditem ou não, LEIAM mais uma vez, LEIAM..

“O ato da leitura é muito bom. Expande os 
horizontes, aumenta o vocabulário e nos torna mais 
flexíveis para argumentar.”

Minha Alves

terça-feira, 9 de junho de 2015

O indivíduo "se faz" na infância

Esses dias estava num lugar onde pessoas comentavam ipsis litteris que pessoas 'baixa renda pensam assim'. Hã, o quê? Eu realmente ouvi isso? Gente, no estado avançado de desenvolvimento do ser humano tem certas coisas que me doem aos ouvidos, por exemplo, a catalogação do ser humano em baixa renda, alta renda ou qualquer outro tipo de identificação rotulatória que seja em tom depreciativo. Não concordo com as cotas nas universidades, e já explico o porquê. Também não quero ser chamada de racista se sair na rua com uma camiseta escrita 100% branco, tenho orgulho da minha cor, assim como teria se fosse parda ou negra.
Eu não sou a minha cor, ou o dinheiro que não tenho, ou a minha opção sexual. O 'ser' é muito além disso. Tudo bem, concordo, é muita divagação, mas é muita leitura, pensamento e raciocínio envolvido.
Cotas para negros porque? Também estudei em colégio público, também não tinha dinheiro para pagar a universidade. Na época que cursei direito não tinham benefícios para quem não fosse ao menos pardo... E dessa vez me senti prejudicada.
Tenho orgulho de dizer que sim, cresci em um lar sem dinheiro. Meu pai trabalhava para pagar as contas (que muitas vezes atrasavam) e para comer. Minha mãe trabalhava cuidando da casa, costurando para outras pessoas, decorando festas infantis, fazendo unhas e cabelo para a vizinhança para conseguir também 'uns trocos', além de cuidar de três crianças.
Estudamos em colégios públicos e privados. Muitas vezes quis ter brinquedos, mochilas, bonecas que minhas amigas tinham, mas eu não podia, e entendia isso. Na medida do possível, meu pai e minha mãe nos davam o que cabia no bolso, mas não lembro de ter passado um Natal, Páscoa ou aniversário sequer sem comemorar.
A educação que tivemos foi exemplar. Ouço ainda hoje minha mãe dizer quando sinto algo ruim por alguém: "Adri, te coloca no lugar. Cada um age como melhor pode", entre tantos e tantos ensinamentos diários que tive na infância.
Finalmente quando estabilizamos um pouco financeiramente, meu pai tinha um carro e comprou um terreno. Íamos construir a tão sonhada casa própria, pois morávamos em algumas peças nos fundos da casa da minha avó. Já tínhamos o projeto nas mãos. Lembro de ir criança aos domingos no terreno ajudar a juntar os tijolos e madeiras que a construção anterior que lá havia tinha deixado.
Então minha irmã mais nova, com apenas alguns meses ficou doente. Muito doente. Quarenta e cinco dias de hospital em outra cidade, junta médica, pneumonias reincidentes, alergia a leite, asma e tudo o mais que se possa imaginar ela tinha, a morte era questão de tempo. Foi-se o terreno e alguns sonhos. Ficou o ensinamento da vida, mais uma vez, do que realmente importa.
Ainda hoje lembro do cheiro do poste de madeira que usávamos para raia do esconde esconde da Rua São Carlos; da torrada com batida de banana nas tardinhas de verão na área de casa, comendo rápido pra brincar mais um pouco; do gosto da pitanga do pátio e do cheiro das folhas das árvores que eram as comidas de brincadeira nas panelinhas de plástico, dos amigos daquele tempo que nunca mais vi, mas tenho no meu coração. Lembro e tenho saudade de tanta coisa que a lista seria imensa. Mas lembro principalmente que foi tudo maravilhoso e exatamente como tinha que ser! E gente baixa renda pode ser gente alta renda um dia, pode ser a professora dos nossos filhos, pode ser a pessoa que vai mudar muitas vidas por aí.