sexta-feira, 24 de julho de 2015

Você tem certeza de quê?



Nessa correria que a vida anda, gostaria que me dissessem quais são as maiores certezas que a levam adiante? Me desculpem às certezas, mas a dúvida, sim, aquele pontinho de interrogação sempre andou lado a lado comigo.
A tecnologia avançou de uma maneira, que as informações nos chegam em exato momento do ocorrido. Mesmo assim, eu duvido. Duvido do que está escrito nos jornais, nas matérias do facebook e do que me dizem aos ouvidos. Tão mais fácil dizer: é isso e ponto. Ou li isso em tal lugar e é exatamente assim e ponto. Julgar alguém ou algo baseado no que os outros dizem, que triste! Os outros dizem mesmo, mas isso é apenas o ponto de vista e o conceito deles, não use isso como lei.
Quem sabe de você é você e às vezes ainda se pergunta se é mesmo isso aí. Quem olha de fora, acha linda e que é feliz o tempo todo, ou que é uma chata que se acha, por que lutou por aquilo que tem ou por aquilo que é.
As coisas que lemos e que vimos e escutamos deveriam vim com “ps: questione à respeito”. O questionamento sim eu acredito que nos faz mais sábios e nos instiga a pesquisa e a aprofundarmos em tal assunto. Eu agora, mamãe de primeira viagem, escuto conselhos, escuto histórias, leio outras mamães, e duvido até mesmo do meu médico. Sejamos menos radicais e mais tolerantes com as ideias alheias, mesmo se não condizem com os nossos propósitos ou valores.
Certeza hoje eu não tenho nem da morte, pois a espiritualidade me garante que a vida continua depois dessa vida.

E como diria a música do Engenheiros “ pois a dúvida é o preço da pureza e é inútil ter certeza...”

quarta-feira, 22 de julho de 2015

Ensino ou educação?



E começo hoje já quebrando o conceito: a educação vem sim de casa e ensino da escola, mas não custa nada que esses papéis se invertam de vez em quando para ensinarmos algumas coisas em casa e a escola faça algumas intervenções na educação, afinal é em forma de cooperação que construimos o que quer que seja, principalmente o caráter do nosso futuro.
Quando temos filhos a maior preocupação é se estão tendo um bom ensino, se a escola está apta a cumprir com tudo o que esperamos e com toda expectativa de que seja 'a melhor' para nossos pequenos.
Mas não. Não adianta perder noites de sono com isso, basta que façamos uma lista (há algum tempo percebi que as listas funcionam muito bem em várias situações) sobre o que esperamos do local onde nossas crianças passarão as tardes, as manhãs (ou o dia todo), onde farão as amizades do resto da vida, onde aprenderão alguns princípios e virtudes diferentes do que estamos passando (e não que isso seja ruim), onde terão as primeiras heroínas sabedoras dos segredos do universo (profes). Precisamos listar os prós e contras desse local mágico que eu mesmo sinto muita saudade, se queremos que tenham uma educação construtiva ou tradicional, com alimentação natural ou salgadinho e coca de lanche. Se queremos uma orientação religiosa como base ou preferimos que a instituição não siga dogmas específicos. Claro que estou aqui falando de escolha, e em nosso país só se consegue escolher se pagar. Escola pública infelizmente não dá para escolher. Vai onde tem, e quando tem escola já é uma bênção. Essa situação é a principal a ser mudada em nosso país se quisermos desenvolvimento: escola para todos, de boa qualidade, porque ali se perdem muitos talentos em todas as áreas.
A escola (e aqui englobo os cursinhos de inglês, de matemática, de esportes) passou por grandes transformações nos últimos anos, mas principalmente nos cursos regulares de escolas particulares em específico percebo uma preocupação por parte das instituições em estarem mais inseridas nas questões do cotidiano de seus 'clientes', tratando de assuntos e elaborando projetos onde as crianças tem papel participativo e não são apenas expectadores de aulas onde se 'debulhava' conteúdos. Crianças de 4/5 anos já tem aulas de filosofia (amo isso) e há projetos de que tenham desde as séries iniciais, noções de empreendedorismo.
Hoje, muito mais do que "na minha época" vejo as famílias encaminhando filhos para estudarem cada vez mais cedo em cidades onde se tem maior recurso, ou mesmo fora do país, onde cada vez mais 'crianças' de 14/15 anos passam a fazer o ensino médio em outras culturas, longe de casa, da família e dos amigos, mas trazem de volta na bagagem além do conhecimento absurdo, um nível cultural e uma visão do mundo que nenhum livro poderia proporcionar. Aaahhhhh se todos tivessem condições disso!
Bom pra nós pais, melhor pra eles (crianças) e feliz do nosso país que certamente terá cidadãos melhores do que somos, e quem sabe (nunca perco a esperança) ainda seremos modelo de educação e cultura para o mundo.

sexta-feira, 10 de julho de 2015

Ai que medo!

As pessoas têm medo do que é novo, isso é fato! Tenho percebido uma constante discussão, tanto entre amigos em rodas particulares, quanto na mídia a respeito do acesso que hoje temos no mundo virtual, de como o tudo está mecanizado, do tanto que nossas crianças sabem mais de tecnologia e menos sobre brincadeiras de rua.
Ouvindo rádio dia desses, escutava dois homens (o comunicador e um convidado) deliberando sobre a falta de brincadeiras 'saudáveis' entre as crianças e a crescente onda de tablets e celulares nas mãos das mesmas cada vez mais cedo.
Gosto de analisar todos os lados de uma história ou de uma polêmica. Estou certa de que lá em meados de 1800 e anos posteriores quando foi inventado o telefone, ou nos anos 60 (já no século 20) quando as primerias televisões chegavam ao interior do Brasil, o burburinho era o mesmo. Nossas avós deviam pensar que o mundo estava perdido, que as crianças seriam umas abobadas, pois agora tinham acesso à informação (bem pouca, quando chegava nas TVs preto e branco) e não iriam mais brincar, trabalhar, estudar, ler... Ledo engano, que hoje se repete.
Tudo que é demais é prejudicial, sabemos disso. Estamos vivendo, no 'olho' de um furacão chamado tecnologia e informação. Hoje advogados sem um mínimo de conhecimento em informática e internet estão tendo que se aposentar pois os processos eletrônicos já não são mais novidade há anos e muita gente não conseguiu acompanhar. Outro dia em Porto Alegre fique 40 minutos tentando pegar um táxi em uma avenida movimentadíssima, quando finalmente consegui, questionei o motorista do porquê nenhum dos seus 'colegas' que haviam passado por mim com o carro vazio havia parado, a surpresa na resposta: por que todos estão priorizando chamadas do Easy e do 99 (dois aplicativos de chamadas de táxi via celular e tablet), perceberam o que eu digo?
Precisamos sim ter controle sobre o que nossas crianças estão aprendendo na internet, mas querer proibí-las ao acesso é como os pais de antigamente que não queriam que as filhas estudassem além do primeiro grau, porque era demais pra elas. Não podemos parar no tempo por julgarmos, sem nenhuma base científica, que algo está fazendo mal às pessoas.
Nossos pequenos não sabem o que é viver sem computador como nós vivíamos quando criança, da mesma forma que a gente não acreditava que nossos pais puderam sobreviver em suas infâncias sem televisão. Cada geração com os instrumentos da evolução humana da sua época.
Não vai haver retrocesso, ninguém mais vai deixar de ter um celular que além de falar, também no mínimo tire foto. Ninguém mais vai aposentar um computador ou tablet para escrever em máquinas de datilografar (a não ser que acabe a energia elétrica do mundo).
Tenho que confessar que adoro ler livros impressos, mas também tenho vários salvos on line para o caso de querer ler em qualquer lugar, por praticidade mesmo.
Gosto muito de tecnologia, muito mais do que a maioria das minhas amigas, mas percebo que sim, às vezes é demais o que nossas crianças usam, assim como nós usávamos muito Atari e nossos pais também controlavam. O que não podemos fazer é proibir nossos filhos de vivenciar isso, ter pânico que eles saibam mexer demais em tablets e celulares. Nossa geração sim ficará para trás um dia, mas não podemos é ter esse pânico que percebo nos adultos frente a algo que não tem mais volta e que não é assim tão "maléfico e destruidor".