segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

Vamos Juntas???


Hoje em uma reunião da empresa, juntamente com a agência de publicidade que é nossa parceira, ouvi pela primeira vez sobre o movimento “vamos juntas”. Ignorância minha, porque pelo visto o Brasil inteiro já sabe quem é a Babi Souza, idealizadora deste movimento e que profere palestras à mulheres do Brasil todo. Diz que até na Globo a Babi já deu entrevista, isso mostra que ultimamente não tenho olhado muita TV... (tirem suas conclusões a respeito)

O movimento consiste em quando a mulher se sentir insegura, sozinha na rua, convide outra que esteja por perto para irem juntas na direção que necessitam. Quem nunca se viu em uma situação, com medo de assalto ou coisas bem piores e ao olhar para o lado, viu que haviam também outras mulheres sozinhas, na mesma situação. Isso serve não apenas para que as pessoas envolvidas se sintam mais seguras, mas estudos mostram que ataques de bandidos são sempre percentualmente maiores em mulheres sozinhas, que em tese, estariam em maior vulnerabilidade.

Saber desse movimento, me fez pensar sobre várias situações em que sim (embora muitos neguem ou querem acreditar não existir) as mulheres estão em situação de desvantagem. No trabalho, na rua, na vida em si, somos a todo momento testadas: se temos capacidade, se somos fortes, se somos ágeis, se somos divertidas, se somos magras, se somos lindas... engraçado que ninguém nunca nos testa pra saber se somos felizes.

Lembrei também da situações em que quando estamos em alguma festa, restaurante, as mulheres sempre vão juntas ao banheiro... Acho até que esse movimento já existia inconscientemente na cabeça da gente e ninguém tinha se dado por conta, porque irmos juntas no banheiro dá mais segurança, não é mesmo?

Mas o que quero dizer é que infelizmente vejo no dia a dia a mulherada não só na rua mas em todo tipo de instituição em cargos inferiores, se sentindo sozinha, insegura. Estamos engatinhando ainda nessa questão, existe muita coisa a ser mudada. Acho inclusive que não serão vistas essas mudanças nas próximas três gerações, mas precisamos continuar... e será bem mais fácil se formos juntas!