Hoje pela manhã assistia um
programa em que era discutido acerca do papel da mulher na sociedade, afinal é
mês de março, mulheres discutem sobre seus direitos, deveres, vontades,
levantam-se bandeiras, baixam-se outras, enfim, desde que pensamentos me vem à
cabeça, nos tempos mais remotos de minha existência, vejo as mesmas discussões
e talvez as veja ainda quando estiver sentada em uma cadeira de balanço ao
contar histórias para meus bisnetos.
Mas observava aquelas mulheres:
brancas, negras, orientais falando sobre o esforço que ainda temos que fazer
para que tenhamos um pouco de reconhecimento. O tanto a menos que ganhamos em
nosso salário pelo fato de não termos um “falo”.
Uma delas me fez pensar ainda
mais profundamente quando tocou no assunto de que a própria mulher às vezes não
se reconhece como “pessoa de direito”, que não precisa por exemplo, pedir permissão
ao marido para fazer algo comum do cotidiano. Não vou me aprofundar nessa
questão, pois aqui não quer dizer que não tenhamos diálogo... é diferente o que
estou expondo, e espero que compreendam.
E isso se encaixou como uma luva
no que pensava dia desses.
Várias de minhas amigas estão
separadas recentemente. Venho observando seus comportamentos (não me julguem,
estou sempre observando comportamentos, inclusive os meus), mas não estou
julgando-as.
Tenho um gosto quase que
obsessivo por tecnologia. Gosto muito de redes sociais, da interação e das
relações e comportamentos que isso proporciona. Fui por muitas vezes criticada
por postar fotos de meus filhos em algumas delas (aqui preciso sempre explicar
que 90% da família mora bem longe e essa é uma ferramenta para que nossos entes
participem um pouco da nossa vida e vice-versa), mas sempre procuro usar com
uma certa moderação e não acho que exponho demais a minha vida.
Mas voltando ao assunto
mulheres/permissões de marido, lembro de ouvir por muitas vezes em rodas de
conversa com amigas sobre a exposição pessoal no mundo virtual, muitas bradavam
sobre o quanto isso era ‘horrível’, ‘ridículo’, ‘exposição gratuita’, blá, blá,
blá... Ficava quieta. Ouvindo. Pensando.
Será que esse era mesmo o
pensamento delas, digo, “delas” mesmo?
Porque o que percebi, melhor,
constatei, foi que a partir do momento que se separaram, as redes sociais
passou a ser a melhor amiga pra todas as horas. O que era ‘ridículo’ passou a
não ser mais. A ‘exposição gratuita’ não existe, pois até fotos de biquíni elas
postam agora (não estou criticando, pois todas estão com um corpão de parar o
trânsito). Mas o que mudou? Hoje postam muito mais que eu. Acompanho suas vidas
muito mais que antes e acho isso o máximo!
Bem vindas gurias! Bem vindas à
sua liberdade de expressão! A postarem o que querem e não o que o marido deixa
ou acha que seja certo! Bem vindas à vida!